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Fisioterapia no Câncer de Laringe

Atualizado: 31 de mar. de 2021


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De acordo com o INCA (Instituto Nacional do Câncer) o câncer de laringe acomete mais o sexo masculino, sendo um dos tumores mais comuns que acometem a região de cabeça e pescoço (25%). A estimativas para 2014, válidas para 2015, prevém a ocorrência de 6.870 novos casos em homens e 770 em mulheres.

Os sintomas estão diretamente ligados à localização da lesão. Assim, a dor de garganta sugere tumor supraglótico, e rouquidão indica tumor glótico ou subglótico. O câncer supraglótico geralmente é acompanhado de outros sinais, como alteração na qualidade da voz, disfagia leve (dificuldade de engolir) e sensação de "caroço" na garganta. Nas lesões avançadas das cordas vocais, além da rouquidão, podem ocorrer dor na garganta, disfagia e dispnéia (dificuldade para respirar ou falta de ar).

De acordo com a localização e a extensão do câncer, ele pode ser tratado com cirurgia e/ou radioterapia e com quimioterapia associada à radioterapia. A laringectomia total (retirada da laringe) implica na perda da voz fisiológica e em traqueostomia definitiva (abertura de um orifício artificial na traqueia, abaixo da laringe). Vale ressaltar que mesmo em pacientes submetidos à laringectomia total é possível a reabilitação da voz através de próteses fonatórias tráqueo-esofageanas.

O paciente submetido à cirurgia, que apresenta linfonodos cervicais positivos para malignidade, realizará o esvaziamento cervical. Durante este procedimento, poderá sofrer lesão total ou parcial do Nervo Acessório, que poderá resultar em paralisia do músculo trapézio com conseqüente queda do ombro homolateral.

O paciente poderá apresentar seqüelas funcionais, com importante diminuição na amplitude de movimento e força, principalmente na abdução do braço, escápula alada, além de dor aos movimentos.

É necessária a realização da Fisioterapia o mais precocemente possível, para que o paciente adquira a função do seu membro superior. Nos pacientes que realizam uma traqueostomia definitiva, poder ser necessário acompanhamento com Fisioterapia Respiratória, a fim de evitar complicações e facilitar uma melhor ventilação pulmonar. Em alguns casos o paciente pode ainda evoluir com o Linfedema (inchaço) na Face, em virtude da cicatriz, nestes casos o acompanhamento fisioterapêutico deverá ser realizado por um profissional habilitado na Fisioterapia Descongestiva Complexa para o mais precocemente possível tratar esta complicação e oferecer qualidade de vida ao pacientes, para que o mesmo realize suas atividades de vida diária com maior conforto.

Fonte:INCA.

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