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Disfunção Sexual em Pacientes Após o Câncer de Colo Uterino

Atualizado: 31 de mar. de 2021


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O câncer de colo uterino é um grave problema de Saúde Pública que atinge as mulheres brasileiras. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, são esperados para 2010, 18.430 novos casos no Brasil, e uma estimativa de morte mundial de aproximadamente 230 mil mulheres. O câncer de colo uterino tem sua maior prevalência e mortalidade em países subdesenvolvidos em virtude dos fatores socioeconômicos e culturais, desta forma interferindo no diagnóstico precoce e prevenção da patologia.

O tratamento do câncer de colo uterino é preferencialmente cirúrgico associado à Radioterapia externa e/ou interna (Braquiterapia). Este tratamento poderá trazer inúmeras seqüelas às mulheres, tais como: irritabilidade vesical, diarréia, alterações cutâneas, fístulas intestinais ou na bexiga, vaginismo e estenose vaginal. Estas alterações podem gerar um grande impacto na sexualidade, principalmente pela estenose (estreitamento) do canal vaginal, que impede a penetração durante a relação sexual, causando dor importante e uma grande alteração na qualidade de vida destas mulheres.

Estas complicações associadas podem levar a importantes disfunções sexuais, além de dificultar exames ginecológicos de rotina, indispensáveis no seguimento clínico pós- diagnóstico. As mulheres tratadas por câncer de colo uterino, podem apresentar diminuição da libido e anulação do prazer sexual.

A Fisioterapia tem um importante papel dentro da equipe multiprofissional envolvida no tratamento destas mulheres, principalmente no que diz respeito às disfunções sexuais, através do uso de diversas técnicas como a Eletroestimulação, o Biofeedback, a Cinesioterapia e as Terapias Manuais.

Estudos demonstram uma boa resposta ao uso das técnicas fisioterapêuticas no tratamento destas disfunções. A terapia manual e o uso de dilatadores vaginais foram bastante benéficos no tratamento da estenose vaginal. Para o vaginismo (forte contração da musculatura vaginal) estudos relatam uma boa associação entre a eletroestimulação e o biofeedback, e indicam também o uso de dilatadores e relaxamento. Para as mulheres que apresentam dispareunia (dor na relação sexual) a eletroestimulação, terapia manual e biofeedack parecem ser o tratamento mais eficaz.

Todo o tratamento fisioterapêutico deve ser associado a relaxamento, terapia comportamental, massagens, e necessariamente o apoio da equipe multiprofissional.

Fonte: Franceschini J, Scarlato A, Cisi MC, Revista Brasileira de Cancerologia 2010; 56(4): 501-506 Silva MPP, Revista Brasileira de Cancerologia 2010; 56(1): 71-83 Bernardo, B.C.Rev Bras Ginecol Obstet. 2007; 29(2):85-90

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